quinta-feira, 12 de maio de 2022

Joseval Paes

Guitarrista, Joseval Paes também toca Baixo Elétrico e Violão. Iniciou seus estudos musicais aos 10 anos de idade com seu pai, José Paes (Pernambuco), tendo o violão como seu primeiro instrumento. Junto ao seu pai, habituou-se, a partir de 1981, a frequentar o “ponto dos músicos”, tradicional encontro de artistas na Praça da Sé, assim como o famoso ponto da Ipiranga com a Avenida São João, onde acostumou-se a ouvir histórias musicais dos assíduos frequentadores. Ainda em 1981 começava a “dar canjas” na vida noturna e a tocar instrumentos de percussão em bandinhas (grupos especializados em shows circenses e eventos comerciais).

A vida de um músico “da noite” exigia um repertório bastante diversificado com, aproximadamente, 200 sambas, 50 boleros, 50 standards de filmes norte-americanos, 100 bossas, 50 chá chá chás, 20 tangos, 20 mambos, 20 maxixes, choros diversos, marchas de carnaval, valsas, músicas italianas, francesas, entre músicas da “moda”. A exigência de se tocar todas estas músicas em todos os tons, conferiu a Joseval uma infinidade de elementos harmônicos, melódicos e rítmicos, decisivos em seu aprendizado musical.

Estudou o método “Isaías Sávio” de violão erudito, um compêndio de peças para violão solo e “Escola Moderna do Violão”, do mesmo autor. Esses métodos viriam reforçar e ampliar sua habilidade técnica com as mãos.

Em 1982, passa a ter uma grande paixão musical, que marcou sua vida: o jazz norte-americano. A partir daí, iniciou na busca pelos grandes mestres do estilo, passando a ouvir milhares de discos na tentativa de reproduzir aqueles sons e tendo influência de Wes Montgomery, George Benson, Joe Pass, Oscar Peterson, Chet Baker, Count Basie, Dexter Gordon, Tom Jobim, Lúcio Alves, Dick Farney, Cézar Camargo Mariano, Elis Regina, Johny Alf, Tito Madi, Pixinguinha, Ataulfo Alves, Hermeto Paschoal, Chico Buarque, Noel Rosa, Ivan Lins, dentre outros.

No ano de 1993, encontrou a parceria musical que seria a mais intensa e constante em sua vida e que se estende aos dias atuais: o saxofonista argentino Hector Costita, que ao longo desses anos tem como encontro marcado de apresentações a tradicional casa de Jazz em São Paulo, “All of Jazz”. Além da grande paixão pelo Jazz, com Hector ele participou de uma infinidade de eventos musicais no Brasil e no exterior com grupos, clubes e orquestras em que atuou, tais como: Clube “Piratininga”, “Lillas Clube”, Orquestra “Colúmbia”, “Toscano e sua Orquestra”, Orquestra “Carinhoso”, “Cantina Vico do Scugnizzo”, “Karaokê Kyoto”, “Orquestra de Osmar Milani”, Banda “Reveillon”, Orquestra “Francisco Petrônio”, Orquestra “Maestro Tíbor”, “Clodo e sua Orquestra”, Orquestra “Show Cubana”, “Avenida Club”, Orquestra “Maestro Azevedo”, “Shining Brass Band”, Orquestra “Maestro Élcio Álvares”, Orquestra “Maestro Zezinho”, “Gallery Band”, Orquestra “Clóvis e Ely”, Grupo “Roda Viva”, Grupo “Saint Paul”, “Italian Music Show”, “Shimon Lavi” – grupo especializado em festas na colônia judaica, “Sammys Band”, “Osvaldo Sargenteli e suas mulatas”, “Osvaldo Sândoli e sua orquestra”, “Abelardo Figueiredo Shows”, “Sam Jazz”, “Big Band Sampa”, “Ed Costa Orquestra”, “All Stars Jazz Band”, “Eureka Street Band”, “André Busik Hot Line Jazz Band”, “Swiss Collegie Dixie Band”, entre outros.

Atuou tocando música instrumental com Arismar do Espírito Santo, Zé Ro Santos, Wilson Teixeira, Valmir Gil, Odésio Jericó, Bauru, Nahor Gomes, Bob Wyatt, Cuca Teixeira, Edu Ribeiro, Pepa Delia, Conrado Paulino, Pepe Baconau, Silvinho Mazuca, Thiago Costa, Fábio Torres, Celso de Almeida, Paulo Paulelle, Jorge Savedra, Sílvio Fats, Lito Robledo, Michel Leme, Jarbas Barbosa, Moacir Peixoto, Rubens Barsotti, Luís Chaves, Itamar Colaso, Célio Barros, Rodrigo Botermaio, Rogério Botermaio, Ademir Cândido, Laércio de Freitas, Lelo Izar, Vinícius Dorin, Nélson Aires, Roberto Sion, Fernando Correia, Toninho Pinheiro, Boneca, Chu Viana, Roberto Dantas, Rodrigo Ursaia, Roland Wagner, Valter Pinheiro, Arrudinha, João de Deus, Nelson Rubo, Jovito, Alonsito, Roberto Galhardi, Bira, Osmar Barutti, Conrado Paulino, Luiz Chaves, Edmundo Villani Cortês, dentre outros.

Nas casas de Jazz atuou em: “Ao Vivo Music”, “Opus 2001”, “Sanja Jazz Bar”, “Jazz and Blues”, “Café Piu Piu”, “Baiuca”, “Blue Night”, “Bourbon Street”, “Melograno Jazz Bar”, “All off Jazz”, “Tom Tom Jazz Bar”, “Teta Jazz Bar”, “The River Café – New York”, entre outras.

Joseval trabalhou com os cantores Agnaldo Rayol, Ivete Matos, Ralf, Francisco Petrônio, Cristina Campos, Roberto Leal, Mário Armstrong Jr., David Gordon, Ísis Gordon, Tony Gordon, Celso Miguel, Geana Viscardi, Babi Reis, Vera Lúcia, Mara Melgis, entre outros.

Atuou nas seguintes Escolas de Música: Conservatório do Morumbi (1985), Conservatório da Mooca (1985), Clam – Escola de Música dirigida pelo grupo Zimbo Trio (1991 a 1993), e Conservatório de Tatuí (2002 até os dias atuais).

O músico tocou e ministrou aulas em vários Festivais de Música: Festival de Inverno de Campos do Jordão (2002 e 2003), Festival de Inverno de Presidente Epitácio (2003), e Festival de Inverno e Curso de Férias de Tatuí (2004 a 2006). Desde 1992 desenvolve um método próprio de ensino musical, ministrando aulas em domicílio de violão, de guitarra, de contrabaixo e de piano.

Em 2014 completou 20 anos de parceria com o saxofonista Hector Costita, tendo realizado mais de 2 mil apresentações em todo o Brasil. Mantém o “Joseval Paes Trio” (com Heverton Silveira, na bateria, e Felipe Brisola, no contrabaixo). É professor de guitarra e contrabaixo elétrico de MPB & Jazz no Conservatório de Tatuí, onde também é guitarrista da “Jazz Combo”.

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